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- Data de Criação 21 de junho de 2023
- Ultima Atualização 21 de junho de 2023
A capacidade de reconhecer e interpretar linguagem não literal, nomeadamente provérbios, reflete aspetos importantes do funcionamento cognitivo. Estes são utilizados em provas neuropsicológicas para avaliação da capacidade de abstração. A familiaridade de cada indivíduo ao provérbio influencia o grau de dificuldade de interpretação do mesmo. A idade e a escolaridade são fatores, identificados na literatura, que parecem ter um efeito modelador no desempenho nas provas de provérbios. Os estudos demonstram que tendencialmente, os indivíduos mais novos e com mais anos de escolaridade conseguem interpretar provérbios mais facilmente.
O objetivo do presente estudo é estimar os efeitos da familiaridade, escolaridade e idade na interpretação de provérbios na população portuguesa e caracterizar um conjunto de provérbios para posterior seleção e utilização na construção de um instrumento de avaliação. Devido à carência atual do mesmo. A amostra foi constituída por 60 indivíduos, divididos em quatro grupos (jovens com baixa e alta escolaridade e idosos com baixa e alta escolaridade). Foi utilizado um conjunto de 38 provérbios. Foi avaliada a familiaridade e o significado de cada provérbio, ambos reportados por cada participante.
Os resultados mostram uma correlação positiva entre a capacidade de interpretação de provérbios e a sua familiaridade. Os participantes mais velhos atribuem um maior grau de familiaridade que os mais novos e que os indivíduos mais novos e com mais escolaridade têm melhores resultados na interpretação.
Universidade Católica Portuguesa.
Dissertação de mestrado do Diogo Fernandes
Lisboa, 2018.
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